A final da Superliga 2015/2016, disputada nesta manhã de domingo, em Brasília, reservou muita emoção. Para quem apostava em um jogo fácil para o Cruzeiro, viu um jogo em que o Vôlei Brasil Kirin demonstrou muita garra, assim como já havia demonstrado ao longo da temporada, e exigiu o máximo dos cruzeirenses, que tiveram que virar partida para conquistar o tetra da competição. No final, o Sada Cruzeiro fez 3×1 em cima do Vôlei Brasil Kirin (23×25,25×23, 25×15 e 30×28), e levou seu terceiro título consecutivo na Superliga. O ponteiro Leal, com 22 acertos, foi eleito o melhor jogador em quadra e recebeu o Viva Vôlei.
O técnico Marcelo Mendez fez questão de ressaltar mais um recorde quebrado por sua equipe. Agora, Cruzeiro tem quatro títulos da competição, assim como Minas e a extinta Cimed. “Somos um time que fez história no Brasil e a felicidade é muito grande. O nosso grupo é batalhador e sempre acreditou na comissão técnica e no projeto do Sada Cruzeiro. O resultado disso tudo são os títulos e as vitórias que tivemos”, disse.
Pelo lado do Brasil Kirin, muito emocionado, o ponteiro Lucas Loh lamentou a derrota, mas elogiou a campanha dos campineiros.“Fica um gostinho ruim na boca. O nosso time tinha qualidade e um grupo unido para ganhar essa final. Fico até emocionado, é difícil falar nessa hora. É muito difícil ganhar destes caras, e infelizmente não deu. Por outro lado estou muito feliz por ajudar a trazer o projeto pela primeira vez a uma final. É um orgulho muito grande. Vamos batalhar ainda mais para conseguir melhores resultados. O Sada também começou assim, eu estava lá. Fui vice no Mineirinho contra o Sesi-SP com eles. Espero que a gente siga os passos do Sada”, explicou Lucas Loh.
O JOGO
A final começou com muito volume de jogo. Com a recepção das equipes funcionando muito bem, os levantadores Gonzalez, Brasil Kirin, e William, do Sada, variavam as jogadas, complicando o bloqueio adversário. No primeiro tempo técnico, a diferença era mínima (8×7), a favor dos cruzeirenses. Na volta à quadra, o Cruzeiro imprimiu um ritmo e abriu três pontos (13×10), com ponto de saque de Leal. Porém, a vantagem não durou muito, com o sistema defensivo muito bem e com os jogadores demonstrando muita concentração, Campinas foi buscar o placar desfavorável (17×15), empatou (19×19). A equipe campineira seguiu embalada e aproveitando os erros do adversário, que errava mais do que o normal, o Brasil Kirin abriu dois pontos (19×21). Os tricampeões até empataram o set (22×22), mas viram Campinas aproveitar o contra-ataque com o ponteiro Olteanu e fechar o set (23×25), em 30 minutos.
2º set
A segunda parcial começou como terminou o set anterior, com Lucas Lóh tendo um ótimo aproveitamento de ataque e colocando sua equipe à frente (4×6). No tempo técnico o Sada chegou com vantagem mínima (8×7) e, na sequência, abriu três pontos (12×9) após ponto de saque do central Isac. Porém, o saque balanceado em Filipe fez efeito e a recepção cruzeirense caiu, com as principais jogadas de ataque do Cruzeiro, Leal e Wallace, muito marcadas, Campinas buscou o placar e empatou (12×12). Daí por diante o equilíbrio do set se restabeleceu (16×15) e as equipes se alternavam à frente do placar (20×21). Após belas defesas, Leal botou a bola no chão com uma largadinha na paralela (22×21). O final do set voltou a ficar igual (23×23, mas com ace de Éder, o Sada devolveu o placar sofrido no primeiro set e igualou a parcial (25×23), em 31 minutos.
3º set
O terceiro set começou com o sistema defensivo do Cruzeiro funcionando muito bem o que proporcionava contra-ataques. No tempo técnico, a equipe mineira tinha o dobro de pontos do adversário (8×4). O técnico Alexandre Stanzioni promoveu a inversão do 5×1, tirando Gonzalez e Wallace e entrando, Michael e Jotinha. Do lado mineiro, Wallace e Leal começaram a desequilibrar, colocando o time em ótima vantagem (14×8) e com o bloqueio cruzeirense marcando duas vezes seguidas. A inversão de Campinas não fez muito efeito e Santioni voltou com seus titulares e promoveu outra substituição, colocando Vini para jogar no lugar de Luizinho. O Sada seguiu com ampla margem no tempo técnico (16×11). Após ataque. Leal fez um gesto balançando a cabeça, mas olhando para o seu lado da quadra. O time de Campinas não gostou e foi reclamar com o juiz,o que gerou um discussão na rede. Na sequência o árbitro chamou os capitães para conversar e a partida prosseguiu O lance polêmico fez bem ao cubano naturalizado brasileiro, que fez dois pontos de bloqueio consecutivos ampliando o marcador (23×14). E com o bloqueio se destacando, o Cruzeiro fechou o set nesse fundamento, após bloqueio de Isac (25×15), em 25 minutos.
4º set
Precisando vencer o set para manter vivas as chances de buscar o título, Campinas voltou a demonstrar um ritmo de jogo maior e reequilibrou o início do set (6×6). Com dois aces seguidos de Lucas Lóh, Campinas passou à frente (8×9). Aproveitando os contra-ataques o Sada abriu dois pontos (13×11), mas viu o adversário chegar ao tempo técnico em vantagem, após bola de xeque de Maurício (15×16). O ponteiro Piá, que ao longo da semana fez um tratamento intenso de recuperação entrou para jogar o 4º set e foi determinante para sua equipe que abriu dois pontos importantes no final do set (18×20). Querendo definir logo o jogo e evitar o tie break, o Cruzeiro foi buscar o placar (20×20). Os times voltaram a trocar pontos e no ataque de Leal, o Sada Cruzeiro chegou ao match point (24×23), mas o set ainda reservava emoções para o torcedor. O jogo seguiu com as duas equipes lutando muito. Após, 37 minutos, o Sada Cruzeiro fechou (30×28) , conquistando o tetracampeonato.
EQUIPES
SADA CRUZEIRO: William, Wallace, Isac, Éder, Filipe e Leal. Líbero: Serginho
Entraram: Cachopa. Alan
Técnico: Marcelo Mendez
VOLEI BRASIL KIRIN: Gonzalez, Wallace, Luizinho, Maurício, Lucas Lóh e Olteanu. Líbero: Tiago Brendle
Entraram: Ygor Ceará, Piá, Michael, Jotinha, Vini
Técnico: Alexandre Stanzioni
[Fotos: CBV/Divulgação; Sada Cruzeiro]